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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Carmina Burana e o significado da vida (Divagações 2011/1)

Recomendo ouvir a música do vídeo e ler ao mesmo tempo (mas faça como preferir!)...

Muitas vezes (acredito que acontecia mais em tempos mais antigos), as pessoas perguntavam-se qual seria o grande sentido da vida. Muitas procuravam explicação nas religiões e no misticismo. Apesar de serem intimamente ligados o religare (religar a Deus) e o místico (estado de anima) não significa que precisamos estar entre velas e incensos para viver uma vida equilibrada e que seja melhor aproveitada.

Nos dias de hoje estamos imersos em nossos problemas e desejos de forma tão forte que não buscamos um minuto de silêncio, numa figura de linguagem, ouvir a nós mesmos. 

Temos procurado satisfazer nossos desejos e resolver nossos problemas sem nos atermos ao que tudo isso oferece de mais importante: o aprendizado e a construção de nossa consciência (tanto de nós mesmos, quanto da vida). Esse é o real sentido da vida. A dor e o prazer são apenas cenários das tragédias, comédias, dramas, suspenses e romances que transcorrem todos os dias em nossa vida.

Temos que buscar, na medida de nossas forças, libertarmos e enxergar o que a vida tem a nos oferecer além do que temos percebido. Pois a vida é maior do que a roda da fortuna (destino).



Abaixo está a letra e a tradução das duas áreas da obra de Carl Orff que está no video: Carmina Burana.




I


Ó Fortuna
Fortuna imperatrix mundi


O fortuna
Velut luna
Statu variabilis,
Semper crescis
Aut decrescis;
Vita detestabilis
Nunc obdurat
Et tunc curat
Ludo mentis aciem,
Egestatem,
Potestatem
Dissolvit ut glaciem.


Sors immanis
Et inanis,
Rota tu volubilis,
Status malus,
Vana salus
Semper dissolubilis,
Obumbrata
Et velata
Michi quoque niteris;
Nunc per ludum
Dorsum nudum
Fero tui sceleris.


Sors salutis
Et virtutis
Michi nunc contraria,
Est affectus
Et defectus
Semper in angaria.
Hac in hora
Sine mora
Cordum pulsum tangite;
Quod per sortem
Sternit fortem,
Mecum omnes plangite!
Ó Fortuna
Fortuna impreatriz do mundo


Ó fortuna
Como a lua
Variável
Sempre crescendo
E minguando
Vida odiosa
Primeiro oprime
Então alivia
A mente só por diversão
Pobreza
Poder
Derretem como gelo


Destino - monstruoso
E vazio
Roda da sorte
Tu és malevolente
Bondade em vão
Que sempre não leva à nada
Obscura
E coberta
Você também me amaldiçoou
E agora no jogo
Eu trago minhas costa nuas
À tua vilania


O destino está contra
Minha saúde
E virtude
Dás
E tira
Sempre escravizando
Então agora
Sem demora
Puxe essa corda vibrante
Já que o destino
Extermina o forte
Chorem comigo!




II


Fortune plango vulnera


Fortune plango vulnera
Stillantibus ocellis
Quod sua michi munera
Subtrahit rebellis
Verum est, quod legitur
Fronte capillata
Sed plerumque sequitur
Occasio calvata


In Fortune solio
Sederam elatus,
Prosperitatis vario
Flora coronatus
Quicquid enim florui
Felix et beatus,
Nunc a summo corrui
Gloria privatus.


Fortune rota volvitur
Descendo minoratus
Alter in altum tollitur
Nimis exaltatus
Rex sedet in vertice
Caveat ruinam
Nam sub axe legimus
Hecubam reginam
Choro as Feridas da Fortuna


Choro as feridas da Fortuna
Com os olhos rútilos
Pois o que me deu
Ela perversamente me toma
O que se lê é verdade
Esta bela cabeleira
Quando se quer tomar
Calva se mostra


No trono da Fortuna
Sentava-me no alto
Coroado por multicores
Flores da prosperidade
Mas por mais próspero que eu tenha sido
Feliz e abençoado
Do pináculo agora despenquei
Privado da glória


A roda da Fortuna girou
Desço aviltado
Um outro foi guindado ao alto
Desmesuradamente exaltado
O rei senta-se no vértice
Precavenha-se contra a ruína
Porque no eixo se lê
rainha Hécuba














Vivamos o que a vida tem de melhor: não só o que a roda da fortuna oferece!

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